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segunda-feira, 13 de maio de 2013
Você treina pesado ou treina muito?
É incrível ver como no dia-a-dia atual, as pessoas estão cada vez mais exageradas. Querem tudo rápido, na velocidade da luz (ou mais rápido), querem resultados imediatos, comem demais, dormem demais, trabalham demais, estudam demais, bebem demais… Demais, demais e demais… Uffa… Acho que isso já me cansou um pouco, diga-se de passagem.
Saiba já se o seu treino é pesado ou se você esta gas tando mais tempo na academia conversando do que treinando!
[ad#2]Todavia, se você quer resultados, o que tem feito para obtê-los? Será que você está realmente treinando pesado como deveria para construir músculos, perder gordura ou, seja lá o que for ou tem trocado a qualidade e intensidade por volume e comodismo?
Um treino pesado é suficiente para fazer você alcançar seus objetivos dentro da academia. E, para um treino ser pesado, ele não necessita levar muito tempo, a princípio de conversa. Salvo sob esportes de endurance e afins. Desta forma, a musculação, por ser um esporte anaeróbio, exige muito mais descanso, periodizações, alimentação e outros fatores do que treinamento em si. E, é óbvio que o treinamento também é muito importante. Porém, quando executado ou realizado da maneira incorreta, torna-se um real tiro que sai pela culatra.
Depois de cerca de 50-60 minutos de um treino extremamente desgastante, começam a ser liberados hormônios altamente catabólicos (e que também fazem com que o estoque de gordura, como fonte de energia, aconteça). Alguns deles, mais conhecidos são o Glucagon e o próprio cortisol ou cortisona. Isso faz com que sua musculatura literalmente se dissolva como açúcar em água. Aliás, imagine um pedaço duro de açúcar em um copo de água. É mais ou menos o efeito que acontece com a musculatura na presença desses hormônios (que também tem suas funções benéficas para a vida).
Mas voltando ao patamar do treino, você acha que treina pesado ou muito?
Em primeira instância, é bom sabermos que quando me refiro a treinamento pesado, não estou unicamente focando em cargas altas, pois isso também não é necessariamente fator primordial para a hipertrofia (apesar de ser uma chave também). Falo sobre treinos com as devidas periodizações, amplitudes, distribuição de exercícios, sinergia muscular, equilíbrio, execução, contração, relaxamento, fase excêntrica, concêntrica e muitos outros aspectos.
Logo, é bom definirmos que um treino pesado é um treino suficientemente desgastante em um período curto de tempo. Já um treino volumoso e, nem sempre intenso, é o tipo de treino em que a comodidade fala mais alto do que a necessidade.
Saiba se você está treinando muito ou treinando pesado e se isso pode interfirir em seus ganhos na musculação.
Continue acompanhando a segunda parte do artigo.
Por exemplo: Será que é muito mais difícil executar 6 series de 15 repetições numa extensão de tríceps com carga baixa do que realizar 3 séries de 8 repetições com muita carga e ótima amplitude no mesmo exercício?
[ad#2]Certamente não, apesar do volume ser mais do que o dobro. Todavia, essa musculatura não seria suficientemente desgastada a ponto de hipertrofiar como em um treino realmente pesado, breve e infreqüente.
O mesmo vale para pessoas que desejam queimar gordura. O treino pouco muda nessa fase e deve continuar sendo breve e o mais simples possível. O que muda realmente é a dieta que deve estar coerente ao objetivo almejado. Desta forma, esqueça de 3X8 “faz crescer” e 4X15 “faz secar”. E, lembre-se que os aeróbios entram nisso também. Muitas metodologias como Max Pump e Max-OT prezam por aeróbios relativamente breves, porém extremamente ardeis. Aeróbios que chegam a durar 12 minutos, enquanto muitos acreditam que somente após 50 minutos, começa a queima efetiva de adipócitos. Aliás, não é nada mal lembrarmos que o treino pesado, mesmo em uma dieta hipocalórica, ajuda a preservar a musculatura através dos estímulos e da síntese protéica aumentada.
Continuando ainda no volume do treino, atente-se ao número de exercícios realizados, repetições, cargas e, óbvio, amplitude e métodos de execução. Abra a mente e comece a estudar metodologias novas, afim de supreender a musculatura adaptada ou semi-adaptada.
É muito fácil desgastar o músculo só para sentir aquela “dorzinha pós-treino” no dia seguinte. Mas isso, não necessariamente significa hipertrofia sarcoplasmática que, de fato, é duradoura. Aliás, muitas vezes essa dorzinha não passa de acúmulo de ácido lático na musculatura que, normalmente ainda atrapalham a recuperação. E o inchaço, para os que estão curiosos, nada mais significa além de sangue bombeado para a região trabalhada. Na verdade, este é o mesmo processo no qual ocorre com alguns aquecimentos de fisiculturistas pré-palco, onde precisam volumizar ainda mais (porém momentaneamente) os músculos, dando impressão de volume. Todavia, poucas horas depois, aquele volume, após estabilização do fluxo sanguíneo, se reduz.
É importante, resumidamente, saber também que o excesso de treinamento, também pode vir de uma intensidade alta, isto é, você pode realmente estar treinando em uma alta intensidade, mas não na intensidade adequada. Para isso, devem ser avaliados os fatores de tempo de recuperação + esforço gasto + desgaste nos diversos tecidos do corpo (aliás, poderíamos falar sobre os estimulantes ou “otimizadores de performance” que, muitas vezes, mais atrapalham do que, efetivamente ajudam no processo e objetivo desejado.
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